Eis um gostinho do meu 3º livro solo:
EM BUSCA DO AMANHÃ
Serpenteando a serra, pela estrada íngreme, coberta de cascalho, a jardineira empoeirada, lenta, adentra pela mata e, alcança logo depois o descampado, bombardeado pelo sol do meio-dia. O céu é azul, a temperatura amena e a paisagem, que se vislumbra do cume, é indescritível. Todos os passageiros espicham os olhos. O veículo, então, começa a descer. Mais adiante, vence a curva longa, fechada e estreita, ladeada por pedreiras úmidas e se depara com a Vila, bem no meio do vale. Vila Mariana é brasileira, mas, tipicamente, europeia. Fundada por imigrantes alemães, durante a segunda guerra mundial, constitui-se por um grupo de chalés, casas de madeira envernizadas, ao redor de uma igrejinha. Atrás da igreja, a escola, destoando do conjunto: igual a tantas outras que conhecemos. Um rio de águas claras margeia a vila, pinheiros e ipês floridos completam a paisagem. O ar é puro, o céu é azul e o verde tem o tom do “após-chuva”.
A jardineira estaciona no ponto e
os passageiros vão descendo. O motorista espera ansioso, recebendo a passagem
de cada um. Quando finalmente, prepara-se para descer, depara-se com ela - a
moça que se atrasara e que lhe fizera dar ré e frear, lá em Cantão.
─ Ei, moça chegamos!
Ela nem se mexe.
─ Ei, moça chegamos! - grita ele mais alto.
Aí, sim. Ela se volta pra ele, ergue-se, coloca a
mochila grande, de couro, dependurada no ombro esquerdo e indaga:
─ Pode me informar sobre um bom hotel, para eu
passar a noite?
─ Oh sim, claro! - ia ele informando, enquanto Bel
descia - É logo ali na esquina. Levo a senhora lá. Me dê a bolsa. Pesa muito.
─ Obrigada!
Ele carregava a mochila, tentando puxar assunto.
Mas, descobriu logo que a moça não queria conversa. Deixou-a no saguão do Hotel
Chalé.
─Se
a senhora precisar de alguma coisa, lá de Cantão, é só falar comigo. Costumo
trazer encomendas.
Ela o olhou. Notou que devia ser descendente de
alemães: louro, olhos claros, corado, cabelos lisos, atlético, meio bronco.
─ Como é o
seu nome?
─ Ciro. E o da senhora?
─ Bel, quer dizer, Isabel.
─ Dona Isabel...
─ Pode me chamar de Bel, sem “dona”.
─ Tá. Bel. Bom, se precisar...
─ Não conheço nada e nem ninguém por aqui.
─ Me conhece, ué! Qualquer coisa... Eu moro a vinte
minutos daqui.
─ De carro?
─ Não, a pé. Moro num sitiozinho, com a minha mãe.
Somos somente nós dois, desde que meu pai faleceu. Minha mãe gosta de visitas.
Eu também. Se quiser aparecer... Temos lá uma cachoeira. Gosta de cachoeira?
─ Gosto, mas só no verão.
─ É certo. Com frio, ninguém aguenta. Mas, é sempre
bom um passeio até lá. A senho... Quer dizer, você vai?
─ Vamos ver!
─ Vai ficar muitos dias?
─ Não sei. Pode ser que sim. Pode ser que amanhã
mesmo, esteja indo embora.
─ Bom, não é difícil me encontrar em casa. Sempre
chego a esta hora.
─ Obrigada!- disse ela, apertando-lhe a mão e
sentindo a firmeza quase brusca da mão dele, comprimindo a sua.
Ciro entregou-lhe a mochila, fez-lhe um aceno e
virou-se, caminhando desengonçado.
Sem sequer esboçar um sorriso, Bel ergueu a mão, num
aceno rápido e tratou logo de assegurar sua estadia no hotel. Tudo resolvido
seguiu o funcionário, que lhe indicou o quarto, deixando sua mochila sobre uma
poltrona.
─ A senhora vai almoçar?
─ Não. Quero é um banho.
Ele lhe indicou o banheiro. Ela se instalara numa
suíte pequena e confortável, cuja vista dava para um campo verde e, no fim do
campo corria o riacho, de águas claras. Chegou à janela, logo que o funcionário
se retirou, puxando a porta. Debruçou-se e chorou.
Bel, morena, corpo escultural, de rosto bonito, como
que talhado por um escultor perfeccionista, cabelos castanhos lisos, longos e
volumosos, inteligente, formada em Turismo, chorava. Por quê?
***
─ Ciro!
─ Como sabia que era eu, mãe?
─ Ora, como sabia? Você é que sempre chega
assobiando. Como foi no trabalho, hoje?
─ Bem. Aconteceu uma coisa.
─ Que coisa?
─ Veio uma moça...
─ E daí? Não
vem sempre uma moça? Ou só viajam velhos, moços e crianças?
─ É diferente.
─ Diferente, como?
─ Uma moça bonita. Muito bonita e muito triste.
Hospedou-se no Hotel Chalé.
─ Triste? Coitada!
─ Muito triste. Não sorriu de jeito nenhum.
─ E havia motivo para sorrir?
─ Ora, mãe! Fiquei com pena dela. Até falei pra ela
vir aqui.
─ Ciro, você nem conhece a moça...
─ Tem jeito de gente boa, mãe.
─ Tô achando que não é só a tristeza dela, que
chamou a sua atenção, não!
─ É... Ela é muito bonita. Tem uns olhos castanhos
amendoados, com cílios pretinhos... Uma boca carnuda... O corpo...
─ Pode parar, já entendi. Tá de olho na moça, né?
Como se chama?
─ Quem?
─ A moça, ué!
─ Bel... Isabel.
─ Não vá se entusiasmar demais. Turista... Você
sabe, quer é se divertir.
─ A Bel quer se divertir? Você precisava ver a
tristeza dela. Parece que quer é morrer.
─ Credo, estava tão triste assim? Disse a razão?
─ Não disse nada. E eu ia perguntar? Mas, se ela
vier aqui, vou tentar ajudar.
─ Como?
─ Sei lá, mãe!
─ Você se impressionou com essa tal de Bel, hein?
─ Ora...
***
Bel não saiu do quarto. Serviram-na lá mesmo -
lanche e jantar. Cedo adormeceu. No meio da noite, acordou sobressaltada. O
pesadelo... O homem tentava alcançá-la e ela fugia, até se ver sem saída. À
beira do abismo, gritava e acordava. Sempre a mesma coisa, nos últimos dias.
Pela manhã, olhou-se no espelho. Viu-se pálida,
achou-se feia. Tomou um banho e voltou ao espelho. Resolveu maquiar-se, depois
vestiu short jeans e camiseta de listras vermelhas, calçou tênis, encarou-se e
decidiu: “Agora é vida nova!” Conheceu outros hóspedes durante o café da manhã,
recusou convites, para sair, mas saiu sozinha.
***
─ É aqui que mora o Ciro?
Dona Rosa foi ver quem era. Já tentava torcer a
taramela do portão de madeira, que fechava a cerca, quando a moça indagou:
─ A senhora é a mãe do Ciro?
─ Sou. E a senhora, quem é?
─ Bem, eu o conheci ontem, sou Bel.
─ Ah, sei... Vamos entrar! O Ciro falou...
─ Não, dona... Como é mesmo o seu nome?
─ Rosa.
─ Pois é dona Rosa... Eu sei que o Ciro não está
agora, ele só chega depois do meio-dia. Eu só estava de passagem. Informaram-me
mais ou menos, sobre a sua casa. Só queria confirmar.
─ O Ciro não
está, mas pode entrar.
─ Fica pra outra vez. Com certeza, vou aparecer.
─ Direi pro Ciro apanhar a senhora, lá no hotel,
hoje, pra jantar conosco. A senhora vem?
─ Bom, fico meio sem graça. Mal os conheço...
─ Fica conhecendo melhor, durante o jantar. Combinado?
─ Tá. Combinado. Agora vou continuar minha caminhada.
Tem muitas trilhas, por aqui?
─ Ah, tem. E pode caminhar sem susto. Só vai
encontrar paz.
Paz era o que buscava. Por isso, caminhava pelas
trilhas, escutando o estalar das folhas secas sob os seus pés, sentindo o
cheiro do mato e ouvindo o som de pássaros e insetos. Cansada, parava.
Sentava-se, até tomar fôlego de novo. Mas, por que tudo aquilo não lhe devolvia
a paz? Que vontade sentia de arrancar da garganta aquele nó e dar gostosas
risadas, como antes!
***
Durante o jantar, dona Rosa se esforçava, para se
inteirar sobre a vida da moça.
─ Dona Bel...
─ Somente Bel, dona Rosa, sem “dona”.
─ Tá. Bel, onde você mora?
─ Em lugar nenhum.
─ O quê? - perguntaram espantados.
─ É isso mesmo. Morava. Deixei minha cidade e tudo
pra trás. Agora, moro em lugar nenhum.
─ E seus pais? Deixou sua casa, sua família?
─ Não tenho pais. Morava sozinha. Mas, se vocês me
permitem, gostaria de mudar de assunto.
─ Parece que a moça não gosta de falar
de sua vida. - comentou dona Rosa.
─ Mãe, deixe a Bel à vontade.
─ Está certo. Mas, uma moça tão bonita,
fugindo... Alguma coisa muito triste aconteceu. Ela...
─ Dona Rosa, fique tranquila. Não
aconteceu nada que me desabone. Não fiz nada de errado, não cometi nenhum
crime.
─Tudo bem. Sua carinha não é de criminosa
não. Mas, vamos mudar de assunto. Você pediu, né?
─ É. Não quero mesmo falar do que passou.
─ Nem de onde você vem?
─ Pra que, Ciro? Fale-me de seu trabalho. Como foi
hoje?
─ Igual a todo dia.
─ Ah, você me falou da cachoeira. Quero conhecê-la.
─ Agora é noite.
─ É. Amanhã...
─ Olhe, vou buscar você no hotel, amanhã.
─ De jipe?
─ É.
─ Ah não! Gosto de caminhar. Eu venho e você não
precisa se incomodar.
─ Não é incômodo não. Gostei da ideia. Preciso
perder esta barriga. Vou buscar você a pé, pode contar.
─ Que barriga tem o meu filho? O que vou falar da
minha, então?
Dona Rosa era gorda, barriguda, tinha um rosto
redondo, rechonchudo, com pele clara, suave. Os cabelos eram ralos, cacheados,
grisalhos e curtos.
─ Que é isso, mãe? Você é a mãe mais bonita que eu
conheço.
─ Esse aí é bajulador, Bel!
─ Ele tem razão. A senhora é bonita, simpática, tem
um sorriso sincero.
─ Ah, menina, simpática, eu até acredito. Não dizem
que toda gorda é simpática? Deve ser pra compensar o resto.
─ Dona Rosa, a senhora acha a beleza física muito
importante?
─ Ah, Bel, tem lá o seu valor, não tem não?
─ Tem, mas passa.
─ É, passa. Por isso é que a pessoa precisa cultivar
a beleza interior, senão não sobra nada no fim.
─ Eu sei.
─ Mãe, este franguinho ao molho pardo está
delicioso.
─ Sua mãe cozinha muito bem.
─ Ora, chega de conversa, deixem-me tirar a mesa. Não
sei se a moça apreciará a sobremesa, mas o meu filho...
─ Ah, já sei o que é: pavê de chocolate. Acertei?-indagou
o moço.
─ Acertou. Você gosta Bel?
─ Gosto. - respondeu, ajudando a retirar os pratos.
─ Deixe! Você é visita.
─ Não custa nada. Deixe-me ajudar.
E ajudou, até que ficou tudo limpo. Depois da
sobremesa, passaram à sala de TV. Já era bem tarde, quando Ciro a levou no
jipe.
─ Minha mãe gostou de você. Também, quem não gosta
né?
─ Vocês são muito gentis.
─ Não é gentileza não. Somos sinceros.
─ Eu sei. Obrigada.
─ Amanhã, às 14:00h está bom para você?
─ Está. Mas, você vai acabar se cansando. Trabalhar,
depois me paparicar...
─ Canso não. É um gosto. Faço por mim mesmo. Me
sinto bem ao seu lado.
Ela começou a perceber que despertava nele mais que
amizade.
─ Você é um bom amigo.
─ Só isso?
─ Espero, porque...
─ Porque...
─ Esqueça.
─ Tá. Mas, ainda vou fazer você sorrir.
Ela o olhou pensativa e esboçou um sorriso.
─ Isso. Sorria. Você é linda!
Diante do entusiasmo dele, Bel sorriu melhor. Ciro
freou o carro.
─ Por que parou?
─ Ora, porque preciso apreciar este sorriso. Se você
soubesse o quanto é linda sorrindo, nunca mais se entristeceria.
─ Só você mesmo...
─ Você é mesmo especial. Dá pra ver, que é moça
fina, educada, estudada e fica andando com um sujeito bronco como eu. Um
motorista de jardineira!
─ Ciro, eu estudei sim. Formei-me em Turismo. Não
exerci a profissão ainda. Mas, pretendo. E daí?
─ Bom, eu só fiz o ginásio, em Cantão. Depois, o pai
morreu e eu voltei, pra cuidar da mãe. Não gosto de mexer com terra não. Gosto
da natureza, mas não levo jeito com plantações. Além disso, no sítio, a mãe só
cultiva flores, que são vendidas em Cantão. Você viu, não viu?
─ Vi. São lindas. Sua mãe me mostrou.
─ Pois é... Como não tenho muita opção, virei
motorista. Não me envergonho não, mas ia me sentir muito mal, se você tivesse
vergonha de ter um amigo motorista de jardineira.
─ Eu? Vergonha? É preciso ser pequeno demais, para
sentir vergonha da profissão de um amigo.
─ E se eu fosse mais que seu amigo? Namorado?
─ Você é meu amigo.
─ Mas, faça de conta.
─ Se eu fosse sua namorada, com certeza, estaria
apaixonada. Aí... Você poderia ser até mico de circo, quanto mais motorista!
Imagine! O que importa numa pessoa, você tem de sobra.
─ O que é?
─ Autenticidade.
─ O quê?
Ele possui um vocabulário bem restrito.
─ Quero dizer, que você é o que é: transparente. Sua
fala corresponde ao seu pensamento. É como se pudesse ler a sua alma. Posso até
estar enganada, mas não costumo errar neste tipo de julgamento. Se bem, que a
gente se conhece há pouco tempo. Questão de horas, não é?
─ Ué, nem sabia que eu era assim. Mas, se quiser
conferir se está enganada ou não, é só não deixar de me encontrar e demorar a
ir embora.
***
Bel permaneceu dois meses em Vila Mariana. Durante
esse tempo, esteve sempre em companhia de Ciro. Ele tentava arrancar-lhe a
história, que desfaria o mistério que a envolvia, mas nada conseguia. Certa
vez, descansavam de uma cavalgada, junto ao rio, sentados sobre a relva. Ele se
aproximou, com intimidade e ela se deixou beijar na boca, a princípio sem
corresponder e, pouco a pouco, timidamente, correspondendo ao beijo do jovem.
─ Bom, parece que você não estava muito empolgada.
Desculpe!
─ Não tem que pedir desculpa. Eu deixei, não deixei?
─ Estou gostando de você.
─ Eu também gosto de você.
─ Mas, gosta diferente, não é?
─ Não sei.
─ Sabe sim. Já percebeu que estou é apaixonadão.
─ Bem, Ciro, eu tenho você na conta de um amigo. Não
gostaria que passasse disso.
─ Você tem razão. Como um sujeito bronco, como eu,
pode sonhar como uma dama como você, estudada, fina?
─ Não tem nada a ver, meu caro. Já disse que o
admiro e admiro muito mais que a muitos doutores, porém...
─ Ainda gosta dele, não é?
─ Dele, quem?
─ Do homem que a fez fugir para cá.
─ Nunca disse que havia um homem nesta história.
─ Não disse. Eu imaginei.
─ Vamos mudar de assunto? Senão...
─ Senão vai embora, não é? Por que não confia em
mim? Pensei que já confiasse. Quando chegou, nem sorria. Agora, ri comigo,
parece divertir-se tanto... Se bem que, de vez em quando, seu olhar fica tão
distante...
─ Agradeço-lhe muitíssimo por sua companhia, sua
amizade...
─ Não é amizade. É amor. Amor que você recusa.
─ Compreenda...
─ Tá, eu compreendo. E o que ganho com isso? Pelo
menos, posso ter uma esperança?
─ Como vou saber? Sentimento não é uma coisa previsível.
─ Como?
─ Previsível. Quer dizer, que eu possa prever ou garantir
que vai acontecer.
- Eu gosto por nós dois.
─ Não, Ciro. Assim não quero. Por mim e por você,
não quero. Quando encontrar alguém, que goste tanto de você...
─ Pare! Eu só vou amar você.
─ Impressão sua! A gente nunca sabe o que o amanhã
nos reserva. Verá que eu tenho razão. Na maioria das vezes, estamos sempre em
busca do amanhã.
***
Naquela noite, Bel deixou o Hotel Chalé, de táxi,
sem despedidas e sem deixar pistas.
Dona Rosa tentava consolar o filho.
─ Eu lhe disse, para não se entusiasmar demais. Turista...
Você foi se achegando, achegando... Agora, é levantar a cabeça e seguir
adiante. Aquela moça é muito misteriosa. Por que nunca fala do passado? Nem de onde
veio, você conseguiu saber. Esquisito.
─ Ah mãe, ainda vou encontrar a Bel, um dia!
─ Filho, tem tanta moça boa, em Vila Mariana. Gente
que a gente conhece. Olhe, a Ritinha gosta muito de você. Desde que a Bel
chegou aqui, você desprezou a pobre. Você bem que gostava dela.
─ Gostava, mas é diferente. Ah, Bel... Ah, a Bel!
─ Ritinha é nossa vizinha. Tão pertinho de você! Pra
que ir longe buscar o amor, se pode encontrar um, aqui mesmo, tão perto?
─ Longe? Buscar longe o amor? Nem isso eu posso
fazer, porque não sei onde ela está. Aquela ingrata! Sem educação! Nem se
despediu da gente. Não saía daqui, né mãe? E fez isso!
─ Pois é, filho! Ela não merece que você fique com
esta cara de desespero. Ande! Saia deste
calundu! Seja homem, ué!
─ Tá certo. Não se fala mais de Bel nesta casa. –
respondeu o moço, retirando-se com passos firmes, indo em direção à garagem.
Dona Rosa ouviu o barulho do acelerador e, depois,
ouviu ronco do motor do jipe, indo em direção à vila.
─ Vai encher a cara! – disse em voz alta, para si
mesma.
***
Dois anos depois, vamos encontrar Bel desembarcando
no Aeroporto Internacional do Rio. Ela vai ao encontro dos tios, que a esperam.
Beijos e abraços. Dirigem-se para o carro.