quarta-feira, 9 de abril de 2014





  Tempo e Espaço

Maria Alice Lima Ferreira

Tão distante te vejo...
No espaço... No tempo.
Mas, por que tua lembrança
Ainda mexe comigo,
No breve tempo de recordar?
Meu coração acelera,
Meu peito sufoca
E um nó na garganta
Força a lágrima do olhar.
És apenas parte do baú da vida
E existes lá no passado.
Se me provocas transtornos,
Digo, sem hesitar:
É a menininha do baú,
Que por um lapso escapou,
Porém, não encontrando ressonância,
Sem nenhum ensejo, pra lá voltou.
Secam-se as lágrimas, aquiesce o coração
E o sufoco do peito termina
Assim bem de repente.
Olho o céu azul, vejo borboletas mil.
Pra que chorar se o presente é meu
E nele quem a vida define sou eu?
Acertando ou errando, pra que sofrer?
Viva a vida, meu mundo e o meu viver!

(Poema que foi publicado na antologia O Futuro nos Pertence)
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