Quantas noites acordei, com o peito querendo explodir e uma vontade imensa de escrever: uma crônica, uma poesia, qualquer coisa que me acalmasse. Erguia-me, dentro da madrugada, em que todos dormiam, pegava um caderno, que reservara apenas para esses momentos e escrevia... Escrevia... Até saciar a fome de escrever. Mais calma, deitava-me e dormia. Não sei por onde anda esse caderno, em que jogava toda a inspiração, que me sufocava. Ah, se pudesse reencontrá-lo! Naquele tempo, eu não pensava ser escritora, mas já o era sem saber. Escrevia apenas, para aliviar aquela febre muito louca, que sentia e que baixava, depois de derramar um monte de frases, sobre as páginas do "meu caderno". Nem me lembro o que escrevia, mas me lembro que, na época, sentia uma satisfação muito louca, ao ler o que acabara de produzir.
Por onde andará meu caderninho? Quem souber notícias dele...
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